Estudo Piloto Randomizado – Validação em Campo da Estratégia Multimodal

Ensaio clínico randomizado, aberto com avaliação de resultados cega, com 75 participantes com deficiência intelectual leve a moderada. Três grupos: ibuprofeno+ativo, paracetamol+ativo, paracetamol+sham. Métricas: redução de dor ≥30% T0–T48 h, segurança preliminar, ICC ≥0.80, compliance, feedback de cuidadores.

Aprovação ética (CEP/CONEP) e LGPD em andamento. Acesse página principal e Parte I.

Estudo Piloto Randomizado – Validação em Campo

Executive Summary

Pilot RCT – Multimodal Analgesia Validation & Partnerships

Randomized controlled trial (1:1:1, open-label with blinded outcome assessment) com 75 participantes (leve–moderada ID). Grupos: ibuprofeno+ativo, paracetamol+ativo, paracetamol+sham. Métricas: redução de dor ≥30% T0–T48 h, segurança, ICC ≥0.80, compliance ≥90%, feedback de cuidador ≥4/5.

Colaborações buscadas com instituições SC (hospitais, universidades, SUS, clínicas) para recrutamento, treinamento, coanálise. Benefícios: coautoria, resultados antecipados, integração SUS. Aprovação ética (CEP/CONEP) e LGPD em andamento. Prepara Parte III (trial multicêntrico completo).

Keywords: pilot RCT, multimodal analgesia, intellectual disability, institutional partnerships, scalability.

Por que validar em campo?

Transição teoria (Parte I) → piloto randomizado garante viabilidade operacional, controle de bias e segurança antes do estudo multicêntrico completo.

Objetivos e Hipóteses

Objetivo Geral

Avaliar factibilidade, segurança preliminar e sinais de eficácia da estratégia multimodal.

Objetivos Específicos

  • Fidelidade (ICC/kappa ≥0.80)
  • Tempos operacionais (15–30 min)
  • Sensibilidade/especificidade (≥80%)
  • Feedback cuidadores (satisfação ≥4/5)
  • Compliance (≥90%)

Hipóteses

  • Redução ≥30% no escore de dor T0–T48 h em ≥70% dos participantes
  • Versão light mantém ICC ≥0.80 e reduz tempos em 25%
  • Parcerias viabilizam treinamentos e coanálise

Design do Estudo

Tipo: Ensaio clínico randomizado, aberto com avaliação de resultados cega (medicamento)
Amostra: 75 participantes com DI leve–moderada
Randomização: 1:1:1 em três grupos

Nota Importante sobre o Desenho: Este é um ensaio aberto quanto à alocação de tratamento (participantes e cuidadores sabem qual tratamento está sendo administrado), mas com avaliação de resultados cega (os avaliadores que medem os desfechos primários não sabem a qual grupo cada participante pertence). Esta abordagem é necessária porque: (1) as intervenções comportamentais (massagem, posicionamento, coaching) não podem ser ocultadas; (2) os medicamentos exigem ajuste clínico baseado em resposta individual; (3) razões éticas impedem o uso de placebo para intervenções conhecidamente eficazes em população vulnerável. O cegamento do avaliador garante rigor científico e minimiza viés de detecção.
GrupoFarmacológicoNão-farmacológicoFinalidade
A Ibuprofeno ajustado Crioterapia 4 °C/10 min + Massagem orofacial 5 min Testar FANS + protocolo ativo
B Paracetamol ajustado Crioterapia 4 °C/10 min + Massagem orofacial 5 min Testar analgésico alternativo + protocolo ativo
C Paracetamol ajustado Crioterapia neutra 25–28 °C/10 min + Contato manual não terapêutico 5 min (sham) Controle ativo e de atenção

Desfecho primário: % de redução do escore de dor comportamental T0–T48 h (alvo ≥30%)
Desfechos secundários: Eventos adversos, VAS relato de cuidador, CGI-C, compliance, tempo médio de aplicação
Cronograma: T0 (baseline) + T24–48 h (follow-up); opcional: T7 e T30 para responsividade

Metodologia Operacional

Randomização e Cegamento

  • Gerada via sistema web centralizado
  • Alocação do tratamento aberta ao participante e cuidador (necessário para ajuste clínico e intervenções comportamentais)
  • Avaliadores de vídeo cegos ao grupo — não sabem qual tratamento foi administrado ao assistir aos registros de dor
  • Analistas de dados cegos ao grupo — análise estatística sem conhecimento de alocação

Formação e Fidelity

  • Workshop de 4 h: teoria + prática em vídeos
  • Check-lists de procedimentos e auditoria de 20% das sessões
  • Meta de ICC ≥0.80 na dupla avaliação (inter-avaliador)

Avaliação da Dor

  • Crianças: DDQ-B
  • Adultos não verbais: CPS-NAID + NCAPC
  • Versões PT-BR validadas

Segurança e Monitoramento

  • DSMB independente revisa após 25 participantes
  • Critérios de stop: eventos adversos graves, ineficácia ou falta de benefício
  • Notificação imediata de todos os AE

Análise Estatística

  • Modelos linear mixed-effects para medidas repetidas
  • Intention-to-treat + imputação múltipla
  • Análise de sensibilidade e validação do MCID

Métricas de Sucesso

MétricaDescriçãoAlvo
Fidelidade (ICC/Kappa)Concordância inter-avaliadores≥0.80
Tempo OperacionalDuração média sessão (T0 + follow-up)15–30 min
Sensibilidade/EspecificidadeAcurácia vs. diagnóstico por especialista≥80%
Satisfação de CuidadoresLikert 1–5 após T24–48 h≥4/5 (≥80%)
Eventos Adversos (AE)Incidência e severidadeConforme proposto
CompliancePercentual de aplicações completas≥90%

Parcerias e Colaborações

Para viabilizar o piloto, buscamos instituições em Santa Catarina (hospitais, universidades, unidades SUS e clínicas privadas) que queiram:

  • Co-recrutar participantes e oferecer infraestrutura
  • Co-ministrar workshops de formação
  • Co-analisar dados e co-assinar publicações

Benefícios da parceria

  • Acesso antecipado a resultados preliminares
  • Coautoria em artigos e relatórios
  • Fortalecimento de práticas inclusivas no SUS
  • Possibilidade de financiamento conjunto (CNPq, FINEP)

Para discutir colaborações:
Dr. Paolo Bruno Squadrani
📱 WhatsApp (47) 98916-3649
✉️ dr.paolo.bruno.squadrani@gmail.com

Próximos Passos

  1. Aprovação ética final e registro do protocolo
  2. Recrutamento inicial de 20 participantes para fase de piloto-1
  3. Implementação completa e análise interina após 8–10 semanas
  4. Ajustes e preparação da Parte III (trial multicêntrico completo)
Esta fase piloto é fundamental para garantir que o protocolo seja robusto, seguro e escalável, servindo de base para o estudo experimental completo.

Bibliografia

  1. Burkitt C, Breau LM, McGrath PJ, Camfield CS, Finley GA. Chronic Pain Scale for Nonverbal Adults with Intellectual Disabilities (CPS-NAID). Centre for Pediatric Pain Research; 2009.
  2. Daher A, Versloot J, et al. Validation of the Brazilian version of the Dental Discomfort Questionnaire (DDQ-B). Health Qual Life Outcomes. 2014;12:30.
  3. Dworkin RH, Turk DC, Wyrwich KW, et al. Interpreting the clinical importance of treatment outcomes in chronic pain clinical trials: IMMPACT recommendations. J Pain. 2008;9(2):105–121.
  4. Lotan M, Moe-Nilssen R, Ljunggren AE, Strand LI. Measurement properties of the Non-Communicating Adult Pain Checklist. Res Dev Disabil. 2010;31(4):809–816.
  5. Resolução CNS 466/2012. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Conselho Nacional de Saúde.